Friday, March 02, 2007

Violência

Depois do menino morto arrastado por um carro, menos de um mês depois vemos uma adolescente correndo altíssimo risco de ficar paraplégica graças a uma bala perdida disparada por algum imbecil querendo ficar rico assaltando bancos. Enquanto isso (fonte: Bom Dia Brasil, da Globo), mui distintos senhores da OAB vão a Brasília no intuito de arregimentar alianças políticas e fazer seu lobby, obviamente deixando de lado questões de ordem prioritária, como reformas urgentes no arcáico Código Penal, verdadeira mãe para bandidos como Fernandinho Beira-Mar - que ontem passeou de avião, de novo transferido de prisão - ou o jornalista foragido/réu confesso Pimenta Neves, assassino da própria namorada.

E a pena de morte, existe, sim! Existe para os inocentes que continuam morrendo nas mãos dos canalhas que põem fogo em ônibus, travam tiroteios com a polícia em ruas movimentadas ou seqüestram - ou simulam por telefone seqüestros que já mataram senhoras do coração - sem dó nem piedade.

Enquanto isso, esperamos medidas enérgicas das autoridades. Coisas simples, mas não implantadas pela má vontade de políticos que colocam interesses partidários (leia-se: ganância) acima das necessidades daqueles que os elegeram - ou seja, a população.

E coisas absolutamente ridículas continuam em vigência:
  • Julgar-se o crime pela idade - discutem essa baboseira de idade penal. Ora, o criminoso deve ser julgado pela natureza do crime que cometeu - não pela sua idade, cor, credo, posição econômica, etc. Na Inglaterra, a partir de 10 anos o cidadão já responde penalmente pelos seus atos. Agora, aqui, não: o assassino com menos de 18 anos pode ser solto após três anos cumpridos numa instituição. Três anos numa Febem da vida e o sujeito vai sair bonzinho... Claro que vai sair e barbarizar de novo.
  • Redução de pena - canalhas que roubam, traficam, estupram e matam não precisam se preocupar se pegarem 30 anos de pena: é só cumprir, fingidamente comportadinho, a sexta parte disso (5 míseros anos) e voltará às ruas novamente para roubar, matar, etc. A solução para acabar com esse absurdo é simplíssima: é só inverter. O condenado terá que cumprir 5/6 de sua pena (se condenado a 30 anos, só sairá depois de 24 cumpridos) para poder sair por bom comportamento. Mas não: claramente, os senhores políticos pensam nos gastos que esse condenado dará aos cofres públicos ficando tanto tempo enjaulado (não pensam quantas vidas seriam poupadas com esses indivíduos longe da sociedade - a vida, para eles, políticos é mais barata). E o que eles, políticos, querem fazer com o dinheiro "economizado" pelas penas menores. Questão que fica no ar...
  • Atenuantes - tudo bem, correto haver prisões especiais para determinados tipos de presos. Não se pode concordar com atenuantes, como nível universitário dar direito a regalias, por exemplo. Ora, é de se concluir que alguém com formação superior tem muito mais discernimento do que é crime do que não é, além de maior conhecimento da lei - o que torna mais claro ainda sua má intenção quando cometeu um crime: ele sabia mas cometeu e até pode ter usado de seu conhecimento para burlar a lei. Isso é para aumentar a pena, e não atenuar!
  • Celulares nas prisões - simples: catou celular na cela, duplica a pena de quem estava lá. Sem choro nem vela. Celular lá dentro só pode ser para péssimas intenções. E tem que se punir severamente quem colocou esses celulares lá dentro (reclusão nele).
Há muitas outras medidas que podem ser tomadas, mas muita pouca vontade por parte de autoridades que ficam só no blá-blá-blá... Enquanto isso, o sangue corre nas ruas.

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